Ordenado no Canadá «Ottava» lutou pelos desfavorecidosde em Angola.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Há notícias que tememos ouvir e – mesmo quando as julgamos iminentes - olhamos para o lado, na doce ilusão de que elas permanecem apagadas longe da nossa realidade. Infelizmente, elas acabam sempre por chegar, como desfecho inelutável do inventário dos dias.
Desta vez, a triste narrativa informativa da morte tinha um nome, um rosto, uma identidade: Frei João Domingos, membro da congregação dos padres dominicanos do Rosário, morreu na madrugada segunda-feira em Lisboa, Portugal, vítima de um Acidente Cardiovascular Cerebral, vulgo AVC.
A notícia, confesso, caiu como um balde de água fria. Logo, a minha memória deteve o seu passo para um registo afectivo, em grande plano.
Abro, por isso, uma clareira neste jornal para me debruçar sobre o desaparecimento físico do frei João Domingos, um homem nascido há setenta e sete anos na aldeia de Torre (Portugal), que iniciou os seus estudos bíblicos no conselho da paroquia do Sabugal, distrito da Guarda.
E, assim, veio ao meu encontro o rosto sereno e o sorriso bondoso de Frei João Domingos. A memória da minha memória convocou o seu abraço fraternal, a suas palavras, a sua critica, o seu olhar terno sobre os problemas do nosso País, sobre os mais desfavorecidos, sobretudo aquilo que, afinal, são os problemas de Angola.
Na esteira daquilo que é a doutrina social da Igreja Católica, penso que o frei João Domingos fez da pedagogia, da sua biografia de professor e de sacerdote, um acto de amor para Angola e para os angolanos. Que disso, ninguém duvide!
Nessa sua nobre empresa, o frei João Domingos, homem descendente de pastores e agricultores, incorporou no seio da nossa sociedade a ideia da necessidade premente da formação do novo homem angolano.
A sua intervenção pública e ajudou, em diversas vezes, o Executivo a rever as suas acções em relação aos mais desfavorecidos.
Dizer que despertou consciências para aquilo que são liberdades e direitos, aliando sempre o sonho a uma Angola melhor, é dizer uma verdade que as ilustram de forma absoluta, tornando-o, assim, companheiro inesquecível de milhares de angolanos, que agora choram o facto de o mesmo ter, desde segunda-feira última, a sua alma a dormir, depois de muito ter dado de si a este povo e a este País.
Dos seus discursos emergiram sempre realidades onde a sensibilidade social jogou sempre um papel importante, determinante mesmo na chamada de atenção de muitas instituições e diferentes pessoas colectivas que vezes sem conta (e conta sem vezes) se mostravam insensíveis para a situação dos angolanos mais necessitados.
Ao seu dote de grande orador, o frei João domingos aliava à sua imaginação a uma notável capacidade de observação da nossa realidade, da realidade do nosso País e dos mais desafortunados.
Guardo do frei João Domingos a ideia de um homem de uma educação esmerada, de uma atenção amável e sensível, às questões que, durante às quatro vezes que o entrevistei, que preocupavam todos aqueles que, nosso País, contam apenas com uma refeição por dia.
O frei João Domingos lutava contra a sombra da desigualdade que existe no nosso País. Por isso, o seu Direito à Indignação devido à miséria franciscana de alguns (mas quase todos) angolanos, era uma prosa que despertava a sensibilidade e atenção de todos os que tinham a oportunidade de ouvi-lo pregar.
Recordo tudo isso porque nesse pequeno apontamento, está toda a grandeza do frei João Domingos. Ainda antes de ter partido para Portugal onde agora vai dar o seu corpo ao chão, vimos e ouvimo-lo a conceder uma interessante entrevista à TV Zimbo.
Durante a entrevista, falou, entre outras coisas, da necessidade de os angolanos em geral mudarem o seu coração para que pudéssemos pacificar os espíritos de todos os angolanos.
Lembro-me bem. Era como se o tempo estivesse contido naqueles instantes. Havia o sorriso bondoso do frei João Domingos. A memória deteve o passo.
O seu rosto está mais nítido na lembrança que se esfuma. Calou-se a voz de frei João Domingos, que, na verdade, era o Dom Quixote que, nestes tempos do nosso tempo, os angolanos que amam a liberdade, a verdade e Justiça Social jamais esquecerão.
Adeus frei João Domingos. Até um dia, nas esquinas desta ou ainda de uma outra vida que o Criador nos reserva!
Assinou Jorge Eurico
http://associacaoculturalrecreativadatorre.blogspot.com/
Torre homenagea Frei João Domingos
No passado dia 9 de Agosto comemoraram-se na Igreja da Torre, concelho do Sabugal, as bodas de ouro sacerdotais do Frei Dominicano João Domingos da Ordem dos Pregadores. As cerimónias coincidiram com a data de aniversário do homenageado que nasceu há 75 anos no dia de São Domingos.
A Eucaristia de Acção de Graças decorreu na Igreja da Torre, concelho do Sabugal, pelas 12 horas, presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, e acompanhado pelo Provincial Frei José Nunes, frei Pedro Fernandes (irmão do frei João), frei Bernardo Domingues, frei Miguel dos Santos, padre Hélder, padre Souta (anterior pároco do Sabugal) e diácono António Lucas Fernandes.
A cerimónia foi seguida de um almoço-convívio organizado pela família que contou com a presença de cerca 170 pessoas entre familiares e amigos.
No final da refeição foram projectadas fotografias e o percurso de Frei Domingos e lido um texto baseado numa entrevista efectuada por uma aluna do ICRA ao homenageado.
A homenagem contou ainda com a presença do Cónego Pereira de Matos (Vigário Geral da Diocese da Guarda) e do Padre José Júlio.
Frei João Domingos fez nesse dia, precisamente, 75 anos, tendo nascido com o nome de Domingos Fernandes, numa aldeia chamada Torre, do concelho e paróquia do Sabugal, distrito da Guarda. O nome foi-lhe dado por ter nascido perto do dia de S. Domingos.
No seio de uma família da classe média, agricultores e pastores, cresceu com os valores do catolicismo. A ida à missa, à catequese e a oração do terço ao final do dia na igreja, faziam parte do seu quotidiano. Com os pais, cuja convivência era pacífica e fiel, aprendeu a verdade e honestidade, a franqueza e confiança.
O início do seu caminho pela vida religiosa começou a desenhar-se em 1946, após o exame da 4.ª classe, com a vinda de uns padres dominicanos da Ordem dos Pregadores que realizaram exames de admissão ao seminário. A Ordem tinha um Seminário Menor, perto de Fátima, onde ministrava o curso liceal. Fez o exame e foi aprovado. Recebeu o nome de João, na tomada de hábito em 1951, a 7 de Setembro, nome religioso que o ligava à Ordem dos Pregadores ou Dominicanos. A partir daí foi sempre chamado por Frei João Domingos.
Em Julho de 1955, o Superior, um padre dominicano canadiano, chamou-o e perguntou-lhe se estava disposto a ir para o Canadá estudar teologia durante 4 anos. Respondeu afirmativamente, fez os votos solenes (perpétuos) e partiu.
Durante esse período, para além do estudo, ajudou muitos emigrantes portugueses no Canadá, a maior parte deles vindos dos Açores, que tinham dificuldade com a língua. Ajudou-os na Emigração, no Ministério do Trabalho, com o preenchimento de papéis e mudança de contratos de trabalho.
Trabalhou, posteriormente, na América, três meses por ano, durante 23 anos, num Centro de Atendimento e Aconselhamento, aprendendo muito com as pessoas e, sobretudo, com os psicólogos e psiquiatras com quem trabalhava, para ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas.
Em França, esteve no ano de 1968, ano do ressurgimento da juventude na Europa. Passou por Paris e outras cidades, mas foi em Estrasburgo que passou um ano escolar inteiro, onde vivia com os dominicanos e estudava na Faculdade de Teologia. Celebrava, também, missa numa Escola de Reeducação de Jovens e numa igreja onde se reuniam os emigrantes portugueses.
Em Portugal, trabalhou oito anos no Seminário dos Dominicanos em Aldeia Nova, sete dos quais como Director. Passados, esses 8 anos, foi Superior do Convento dos Dominicanos em Fátima onde ajudou a criar, um Centro do Estudos, aberto a seminaristas e jovens, rapazes e raparigas, novidade que, na altura, nem toda a gente aceitou bem. O centro conta hoje com mais de quatro mil estudantes.
Em 1975 voltou ao Canadá onde estudou durante um ano. Regressou em 1976 e foi viver em Lisboa na Casa dos Dominicanos em Benfica. Foi nomeado Director do ISTA (Instituto de Teologia São Tomás de Aquino) e começou a dar aulas de teologia na Universidade Católica de Lisboa. Nesse tempo, desempenhou, simultaneamente, outras funções, como: pregação e animação das pequenas comunidades religiosas de padres e irmãos operários, inseridas nos bairros de Lisboa e Porto e nas aldeias do Interior.
Em 1981 iniciou o seu percurso no país em que permanece até hoje, 2008, Angola. O projecto dos Dominicanos em África inclui o trabalho como missionários na pastoral, na educação, na promoção e no desenvolvimento do povo.
Em Agosto de 1988, respondendo ao pedido dos bispos da Igreja Católica, assumiu a reitoria do ICRA (Instituto de Ciências Religiosas de Angola) em Luanda. Assim, em Setembro desse ano assumiu o ICRA e a paróquia do Carmo, juntamente com outros dominicanos onde foi pároco durante quatro anos.
A partir de 1992, deixou de ser o pároco, mas continua sempre a trabalhar como colaborador, apenas ausente desde Setembro de 1992 a Agosto de 1993, ano sabático, em que esteve em Jerusalém, em estudos bíblicos.
O ICRA foi criado pelos bispos de Angola a 8 de Dezembro de 1984 e tem como objectivos a formação de quadros angolanos baseada em filosofias de altruísmo e honestidade.
As competências adquiridas de frei João Domingos incluem ainda: «Filosofia e Teologia» na Faculdade de Teologia Católica, em Strasbourg, França; «Mestrado em Teologia Dogmática», na Faculdade de Teologia, do Collegium Philosophiae et Theologiae Dominicanum, Ottawa, Canadá; Director e professor no Seminário Dominicano português, professor de «Filosofia» no Centro de Estudos de Fátima; professor de «Teologia» na Universidade Católica de Lisboa; reitor e professor de »Doutrina Social da Igreja» no Seminário Maior e no ICRA, em Luanda; professor de Deontologia no curso médio «Educadores Sociais e Doutrina Social da Igreja e Direitos Humanos», no Seminário Maior de Luanda e no curso de Educação Moral e Cívica; professor de «Teologia Pastoral» no Seminário Maior de Luanda; professor de «Deontologia» no Curso Médio de Educadores Sociais; e Professor do «Pensamento Social da Igreja» no curso superior de Assistentes Sociais no Instituto Superior João Paulo II onde foi também reitor e professor de «Direitos Humanos» no curso superior de Professores e Educação Moral e Cívica, no mesmo Instituto João Paulo II, em Luanda.
Foi agraciado em 1998 com a comenda Ordem Mérito do Estado Português.
Natália e Gabriela (primas do Frei João Domingos)
Publicada por Associação Cultural e Recreativa da Torre em 18:47
Era do seu serviço religioso que se ouviam aos domingos, quando lhe cabia pregar a palavra, os mais críticos sermões lançados à sociedade angolana.
Não tinha um tema por excelência pois as suas intervenções eram transversais de uma maneira geral e tanto dava tecer críticas ao comportamento individual e social, como às acções do Executivo.
Aqui punha sempre no cerne da sua abordagem o homem que no seu entender deveria prezar valores como a solidariedade e afastar-se da luxúria, inveja, avareza e outros comportamentos tidos como anti-morais, segundo os padrões da sua Igreja.
Por causa da sua frontalidade na apresentação das críticas, Frei João Domingos foi aplaudido de um lado mas também criticado de outro, havendo mesmo sectores que o acusavam de se estar a embrenhar num terreno movediço como é a política.
Não raras vezes as suas homilias serviram de inspiração para a produção de textos jornalísticos de escribas da praça, por carregarem, justamente, aquela mensagem interpelativa aos mais distintos níveis sempre com o objectivo de apontar os males que enfermam a sociedade angolana dos dias de hoje.
Depois de se ter batido pela necessidade de se alcançar a paz para o desenvolvimento do país, a corrupção passou a ser, mais tarde, o seu tema de excelência e aqui não poupou críticas à gestão do Executivo.
A sua morte foi lamentada por vários sectores da sociedade angolana com particular realce para os correligionários da Igreja Católica e colegas que exaltaram as suas qualidades pessoais e de homem de profunda fé cristã.
Ainda em vida, como que movido por alguma premonição, teria manifestado desejo de ser sepultado ali onde ele morresse, dizia para não aportar problemas aos seus irmãos de Igreja, mas o destino quis que ele morresse na sua terra natal.
Segundo informações avançadas por colegas da Igreja Católica, Frei João Domingos vinha sendo acometido há já algum tempo por perturbações de natureza intestinal que o levaram a ser operado em Portugal.
Terá resistido à primeira intervenção cirúrgica, mas quando já em estado de convalescença e tudo a apontar para uma boa recuperação do seu estado de saúde, foi acometido por ataque cárdio-vascular ao qual não resistiu e sucumbiu na passada segunda-feira.
O seu activismo grangeou-lhe a estima e simpatia de largos sectores da sociedade angolana que procuraram expressar pesar pelo seu desaparecimento.
O percurso do padre católico
Nasceu em Portugal, na região da Serra da Estrela, e foi baptizado com o nome de Domingos Fernandes.Após a sua ordenação como padre dominicano, adoptou o nome João Domingos.
Obteve a sua licenciatura e mestrado em Teologia em França e Canadá, respectivamente.Antes de ser indicado para trabalhar em Angola desempenhou vários cargos, com destaque para a docência.
Foi director e professor no seminário dominicano português, professor de filosofia no Centro de Estudos de Fátima e de Teologia na Universidade Católica de Lisboa.
Em Angola, onde chegou em 1982 a convite do então bispo do Sumbe, província do Kuanza-Sul, Dom Zacarias Kamuenho, o frei João Domingos engajou-se em actividades acometidas à confraria dos irmãos dominicanos no país.
A conferência Episcopal de Angola e São Tomé viria a convidá-lo mais tarde para funções de docência em instituições da Igreja católica no país, tendo sido indicado reitor do Instituto de Ciências Religiosas de Angola, a instituição que pela primeira vez, depois da proclamação da Independência nacional abriu um curso para educadores sociais numa altura em que o país se confrontava com situações de crise humanitária e social.
Conjugando a actividade docente com a religiosa, João Domingos também foi Superior dos padres dominicanos em Angola e primeiro pároco da paróquia do Carmo, em Luanda.
Na sequência da sua actividade docente, Frei João Domingos fundou o Instituto Superior João Paulo II e o Centro Cultural Mosaico.
Em Angola, foi ainda reitor e docente de Doutrina Social da Igreja no Seminário Maior e no Instituto de Ciências Religiosas de Angola.
Leccionou Deontologia no curso médio de educadores sociais e doutrina social da Igreja e Direitos Humanos, no Seminário Maior de Luanda, e do curso de Educação Moral e Cívica e de Teologia Pastoral, na mesma instituição.
Em 1998, foi agraciado com a comenda da Ordem Mérito do Estado Português. Frei João Domingos morreu aos 77 anos e dedicou 53 dos quais à Igreja Católica, sendo que 28 deles passados em Angola.
Eugénio Mateus
18 de Agosto de 2010
Jornal de Angola notícia Frei João Domingos Fernandes
Fotografia: João Upale
Namibe
Frei João Domingos morreu, ontem, em Lisboa, aos 77 anos, vítima de doença, confirmou, ontem, em Luanda, ao Jornal de Angola, o pároco da Igreja do Carmo, António Estêvão.
De nome de registo Domingos Fernandes, o frei João Domingos morreu no memo dia em que completou o aniversário natalício.
Padre dominicano, João Domingos, nascido em 9 de Agosto de 1933, veio para Angola em 1982 e exerceu até à data da sua morte o cargo de reitor do Instituto Superior João Paulo II, em Luanda.
Reagindo à morte de frei João Domingos, o pároco da Igreja do Carmo, padre António Estêvão, disse ao Jornal de Angola que “é o pai dos padres dominicanos em Angola”.
O frei João Domingos, segundo o padre António Estêvão, encontrava-se desde Maio em Portugal por razões de saúde, onde chegou a ser submetido a duas intervenções cirúrgicas, em Junho e Julho.
O padre da igreja do Carmo disse que “quando frei João Domingos já estava a recuperar das intervenções cirúrgicas, há dois dias, teve um acidente vascular cerebral, que o levou à morte”.
O pároco do Carmo, local em que vivia frei João Domingos, visivelmente consternado, sublinhou que “o Domingos Fernandes, ou simplesmente frei João Domingos, era amigo dos jornalistas. Ele estava sempre disponível, porque dizia que os jornalistas multiplicam as nossas acções e a nossa mensagem social e religiosa é ouvida e lida por mais gente por intermédio dos jornalistas”, lembrou o padre.
Num rasgado elogio à figura de frei João Domingos, o pároco da Igreja do Carmo disse, à guisa de exemplo, que ele deixou de celebrar uma missa para dar uma entrevista a um jornalista e, no seu lugar, foi o próprio António Estêvão quem celebrou o culto religioso.
O padre António Estêvão, que não conseguiu conter as lágrimas na conversa com a repórter do Jornal de Angola, contou que frei João Domingos chegou a Angola em 1982 a convite de D. Zacarias Kamuenho, à época bispo do Sumbe, província do Kwanza-Sul, para começar um trabalho ligado aos padres dominicanos em Angola.
Mais tarde, frei João Domingos foi convidado, pelos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) para ser o reitor do Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA).
Frei João Domingos nasceu na Serra das Estrelas, em Portugal, obteve a sua licenciatura em Teologia, em França e um mestrado na mesma área no Canadá.
Foi superior dos padres dominicanos em Angola e o primeiro pároco da paróquia do Carmo, em Luanda. Frei João Domingos fundou o Instituto Superior João Paulo II e é fundador do Centro Cultural Mosaico.
Na noite de ontem, em sua memória, fiéis católicos celebraram uma missa na Paróquia do Carmo. Segundo o pároco António Estêvão, os restos mortais do frei João Domingos, que teve 53 anos de sacerdócio, vão ser sepultados às dez horas de amanhã , em Portugal, sua terra natal.
“Frei João Domingos pediu que fosse sepultado onde morresse para não dar trabalho aos irmãos da congregação”. Domingos Fernandes adoptou o nome João Domingos depois de receber a ordem dos padres dominicanos.
Antes de vir para Angola, frei João Domingos foi director e professor no Seminário Dominicano português, professor de Filosofia no Centro de Estudos de Fátima e de Teologia na Universidade Católica de Lisboa.
Em Angola, exerceu os cargos de reitor e docente de Doutrina Social da Igreja no Seminário Maior e no Instituto de Ciências Religiosas de Angola.
Foi ainda professor de Deontologia no curso médio de Educadores Sociais e Doutrina Social da Igreja e Direitos Humanos, no Seminário Maior de Luanda, e do curso de Educação Moral e Cívica e de Teologia Pastoral, no Seminário Maior de Luanda.
Em 1998, foi agraciado com a comenda da Ordem Mérito do Estado Português.
Reacções de políticos
O secretário para a informação do MPLA, Rui Falcão, considerou, em declarações ao Jornal de Angola, que Frei João Domingos “era um sacerdote da Igreja Católica que esteve profundamente ligado aos problemas sociais e políticos do país”.
Rui Falcão acrescentou que frei João Domingos “era um homem culto, inteligente, participativo e que dedicou parte da sua vida contribuindo para a melhoria das condições do povo angolano, principalmente dos fiéis católicos”.
O deputado da UNITA Jaka Jamba, afirmou que frei João Domingos “foi uma figura destacada na defesa dos valores morais e espirituais”. Em termos de intervenção, Jaka Jamba disse que o sacerdote defendia a dimensão integral da pessoa humana.
“Frei João Domingos desempenhou um papel importante no âmbito da formação integral da juventude angolana”, afirmou o deputado da UNITA.
Justino Pinto de Andrade afirmou que “o país perdeu uma referência moral e ética por ter desaparecido um homem bom que dedicou todo o seu esforço ao serviço dos outros, sobretudo aos mais desprotegidos”.
O docente universitário referiu que frei João Domingos era um homem que, nas suas intervenções, foi sempre ouvido com muito carinho e atenção.
“Foi um homem de uma grande nobreza e um verdadeiro amante da paz”, acentuou o analista político Justino Pinto de Andrade, considerando-o “a figura mais extraordinária que o país teve”.
Torre aldeia do Sabugal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Torre é uma aldeia anexa à freguesia do Sabugal, concelho do Sabugal, distrito da Guarda. Tem poucos habitantes e a maioria é idosa dedicando-se sobretudo à agricultura e criação de gado. As grandes festas da povoação decorrem em Agosto e são em honra de Nossa Senhora de Fátima.
A Torre localiza-se junto a Ozendo e junto à Colónia Agrícola de Martim Rei.
A Torre é uma aldeia anexa à freguesia do Sabugal, concelho do Sabugal, distrito da Guarda. Tem poucos habitantes e a maioria é idosa dedicando-se sobretudo à agricultura e criação de gado. As grandes festas da povoação decorrem em Agosto e são em honra de Nossa Senhora de Fátima.
A Torre localiza-se junto a Ozendo e junto à Colónia Agrícola de Martim Rei.
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